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CHINA X SUSTENTABILIDADE

  • Foto do escritor: Victória Miraglia
    Victória Miraglia
  • 8 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Publicado em: Revista Catarina


O consumidor chinês está claramente percebendo e se preocupando com questões de sustentabilidade. Prova disso foram os dados divulgados em agosto de 2017 pela China Chain Store e Franchise Association, em que cerca de 10 mil consumidores em dez cidades chinesas (mais de 70% dos entrevistados) concordaram que “o consumo pessoal tem um impacto direto no meio ambiente”. Fatores como segurança e saúde, foram os principais motivos para a escolha de produtos e serviços sustentáveis, enquanto a amizade e a qualidade do meio ambiente foram as duas razões mais populares entre os entrevistados. Um relatório de 2016 do Cotton Council International e Cotton Incorporated, que estuda e pesquisa o consumidor chinês de classe média alta, contabilizou que 62% dos consumidores nesta categoria buscam por marcas sustentáveis, em comparação com 50% dos consumidores do mercado de massa e 39% dos consumidores de classe mais baixa. Mas o cenário conta com apoiadores e marcas que defendem e incentivam a sustentabilidade no país. O evento Shanghai Fashion Week (SFW) por exemplo, está interessado em expandir suas eco-credenciais. O vice-secretário geral do evento, Lv Xiaolei , foi um dos precursores das iniciativas de sustentabilidade e se associou por várias temporadas com Candy Li, que é o fundador do Green Code, um show room que apresenta marcas com diferentes focos de sustentabilidade. Além disso temos a  Icicle, uma marca de moda sustentável concebida no país, e que já tem 20 anos no mercado chinês. A presidente Shawna Tao, afirma que durante 10 anos os esforços da marca foram para conscientizar e educar o consumidor sobre o que era moda sustentável e os benefícios das fibras naturais.  Hoje, a marca possui 200 lojas e três fábricas na China Continental, com 2.000 funcionários e com um volume de lucros alcançado em 2017 de de cerca de US $ 242,5 milhões. Devido ao sucesso e estabilidade que a marca conquistou, e continua conquistando no mercado interno, Shawna Tao pretende inaugurar em 2019 sua primeira loja na Europa, em Paris. Sabemos que a China  tem um grande caminho para percorrer antes que possa conquistar e reivindicar o fator ambiental para sua indústria, principalmente a têxtil.  De acordo com as Green Initiative’s,  instituições sem fins lucrativos focadas em educação e soluções ambientais na China, 53% dos resíduos mundiais de produção têxtil provêm da China e cerca de 70 mil toneladas diárias, com 2,5 bilhões de toneladas de águas residuais poluídas produzidas anualmente. Os números são gigantes, e para tentar combater isso, o décimo terceiro plano quinquenal do governo chinês para o desenvolvimento econômico e social (lançado em 2016) fixou um objetivo de 4,5 milhões de toneladas para a produção de têxteis reciclados até 2020.

 
 
 

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