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SUMY KUJON: A ESTILISTA QUE VALORIZA A MATÉRIA PRIMA PERUANA

  • Foto do escritor: Victória Miraglia
    Victória Miraglia
  • 27 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura


Disponível em: Revista Catarina

A designer Sumy Kujon está valorando a moda artesanal, e baseia seu trabalho criativo na diversidade da cultura Peruana, fazendo uso de matérias primas locais  e fortalecendo a indústria da região. Apesar de Sumy ser considerada uma embaixadora da diversidade peruana, tem também raízes orientais, especificamente chinesas, herdadas de seu pai.  

Sua atuação no moda  já soma 17 anos tanto no mercado nacional (Peruano), quanto no internacional (Madri, Nova York, México, Hong Kong, Xangai, Beijin). Em 2017 a estilista desfilou na New York Fashion Week  sua coleção Ready to Wear, que agradou os críticos de moda do evento, e foi bem vinda pelos consumidores.

Suas coleções têm também como diferencial o processo de produção, que prioriza o respeito a todos os materiais usados ao longo da criação. O estilo de trabalho da designer busca formas atemporais, excelência no acabamento e procura vestir uma persona cosmopolita e preocupada com a origem das suas peças.

Uma de suas principais matérias primas é o pelo de alpaca bebê, que é uma fibra muito utilizada no país, mas nem sempre de uma forma sustentável. A estilista utiliza a lã que é obtida através do processo de tosquia do animal, que se faz necessário para retirar a pelagem danificada e manter seu crescimento saudável, sem gerar nenhum sofrimento, além de utilizar um material que seria descartado de forma inapropriada na natureza. Fibras de origem vegetal como algodão pima e bambu também estão presentes em suas peças.

Já a modelagem desenvolvida pela estilista tem influência de sua descendência chinesa, e de seu gosto pelas linhas orientais, já as cores, aplicações e estamparia são completamente guiadas pelo universo de possibilidades que as paisagens e influências culturais do Peru oferecem.

O trabalho da Sumy nos lembra da importância de respeitar os processos produtivos, e buscar inovar e ressignificar o que desenvolvemos, mesmo em cenários que não favorecem a mudança à primeira vista. O uso de materiais que seriam descartados, fibras vegetais e inteligentes cooperam para difundir os princípios da economia circular e processos sustentáveis no mercado de moda.

 
 
 

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